O problema de estações de recarga não conectadas

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Clemente Gauer – Corporate Affairs na Tupinambá Energia e motorista de carros 100% elétricos desde 2018. 

Uma viagem a trabalho como outras tantas, condições ideais e um dia típico como outro qualquer. Por anos realizei esta viagem sem maiores percalços. Daqui onde escrevo estou separado por 240 km entre a minha casa no interior de São Paulo e a capital do estado. 

Meu Chevrolet Bolt EV possui autonomia suficiente para ir e voltar sem recarregar, desde que não ultrapasse os 110km/h. Porém desta vez, meu planejamento falhou, o culpado? Um carregador que havia encontrado no PlugShare, que falhou minutos após iniciar a recarga. 

Após mais de 40 mil km rodados nas mais variadas rodovias, sempre com um veículo 100% elétrico, eu estava no auge do meu excesso de confiança. Meu destino era um prédio comercial em São Paulo que entre outros benefícios, oferecia também um carregador AC de 7,4kW para veículos elétricos. 

Neste dia saí de casa com a bateria do meu Bolt 100% carregada, porém desta vez achei razoável viajar a 120 km/h contando com o fato que poderia fazer uma recarga parcial na capital. Com os 10 minutos economizados, viajando ligeiramente mais rápido, poderia tomar um café enquanto o carro carregava o necessário para o meu retorno. 

Cheguei com aproximadamente 40% de bateria restando, logo as 3 horas que ali ficaria, me devolveriam a autonomia necessária para a volta, 20 a 30%, era tudo que precisaria. 

Estacionei o carro, conectei o cabo e sem qualquer aplicativo ou sistema de monitoramento remoto, a recarga iniciou. Confiei o meu retorno a um carregador que simplesmente deveria fornecer 220 Volts por 3 horas ininterruptas ao meu carro. 

Mas não foi isso que aconteceu…

Terminados os compromissos que havia planejado, fui à garagem buscar o carro. Para minha surpresa, o carregador estava desligado. Um disjuntor havia sobreaquecido minutos após iniciar a recarga e a minha esperança de retornar ainda a tempo do jantar com a família, se foi. Sem qualquer notificação ou aviso, fui obrigado a encontrar outro carregador e nele perder valiosas horas. 

A estação de recarga rápida da Tupinambá/Shell ainda não existia, restando apenas, três horas de espera em um carregador à beira da rodovia Castelo Branco enquanto assistia lentamente o estado de carga do Bolt chegar aos 50%. 

Aprendizados

Alguns aprendizados ficaram. Hoje dou preferência  apenas às estações que são conectadas, como as da Tupinambá, onde através de seu aplicativo, posso acompanhar todo o processo de recarga em tempo real e até ser notificado caso algo aconteça. Entendo e gostaria que outros empreendimentos de recarga, também oferecessem uma visão confiável do estado da recarga.

Recarregar um veículo elétrico é uma missão crítica, com consequências bastante desagradáveis quando a recarga não acontece da maneira que havia sido planejada e muitas vezes prometida. Reuniões importantes, voos e outros compromissos poderão ser perdidos. 

Estações conectadas providas de aplicativos de rápido e fácil utilização, utilizando-se de tecnologias de cadastro no App com “Sign in with Apple” ou “Google Sign-In”, são soluções pelas quais a Tupinambá tem especial consideração, garantido assim a nós usuários, uma viagem e recarga mais tranquila e confiável. 

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